Saturday, October 29, 2011

Ela

Respiramos sem censura em demasia a "ilusão" de hoje?!



Ele.

Friday, October 28, 2011

Saudades

O Sol é de intensidade tênue, perpassa a fresta da janela com formato oblíquo.
Aquece espaços, até então intocáveis, abraça meu corpo franzino, diluindo-se como beijos de saudade.

Sinto saudades de você, sem mesmo conhecê-la, sem mesmo nunca ter visto seus olhos, sinto saudades de você!
Agora, muito mais que ontem!


Eu.

Monday, October 24, 2011

Como o céu, tudo se renova

Como impressiona o grau de envolvimento que se acaba tendo com certas "pessoas", não é um envolvimento, mas sim uma espécie de apego pelo qual nos sentimentos falsamente mais "seguros". É como algo o qual nos faz sentir como ilhas habitáveis, aqueles locais paradisíacos os quais seres raramente freqüentam, e por pouco tempo. Deixam-se marcas?
É óbvio que sim, mas na maioria das vezes são tênues, frágil e também fugaz, são esses, os quais se mostram e depois de algum tempo se escondem. É frágil como cristal.
O tempo é o maior dos vilões para mentes as quais os esquecimentos, apegos e sentidos de algo mútuo perduram. Algumas pessoas são de gelo, com o tempo derretem à que se respeitar, afinal sempre a máscara cai e os olhos, as atitudes são denunciadores de algo com extrema subjetividade, a princípio não há como (ante) ver.
A magia esta em saber que nem todos têm o mesmo grau de sensibilidade, isso é ótimo.
A qualquer hora pode-se ser magoado (a) intencionalmente ou não.
Aprender a lidar com nossos próprios fantasmas é o maior dos desafios.
"Só ficarei ao seu lado se assim desejar" de resto, se foi, e (in) felizmente veio a finitude.
Novos amigos, novos sonhos, novas realizações, decepções, novas pseudo-amantes, novas canções, novos filmes, telas de argila, estará tudo ai para se olhar, perceber e sentir.


Eu.

Monday, October 10, 2011

...

"Sou mestre na arte de falar em silêncio.
Toda a minha vida falei calando-me e vivi em mim mesmo tragédias inteiras sem pronunciar uma palavra".

Dostoiévsk.

Wednesday, October 05, 2011

...

Porque essa inclinação em ficar te enchendo de confissões minhas?
Acredito em suas palavras. Confio em você.
Gosta da garota de pele alva.
Olhar sinuoso.
Cabelos vermelhos.
Unhas negras.
Anda com poesia nos olhos.
Senta-se no banco da praça mais deserta, debaixo da árvore ressequida, sob a sombra mais intensa.
Depois da chuva forte, bate o sino da igreja, esta vazia, ás 18:00 horas.
Caminha através de pessoas que não vê.
Detêm-se a pequenos detalhes de sombra e luz.
Passa por ela mais uma vez a borboleta que vive já há cinco dias.
Bate as asas azuladas. Brilham.
O tom do céu muda com as horas. Carrega na bolsa de coro desbotado o livro predileto.
Na pagina trinta e sete tem a poesia que mais gosta. Rilke.
Solta-se. De impulso derradeiro capta olhares das nuvens.
Agora límpidas.
Aprecia figuras de anjos medievais.
Direciona-se e debruça sobre o banco de madeira o corpo franzino.
Braços abertos. Olhos de ferrugem.
Aquele olhar de cera que atravessa o sol.
Só a solidão ausenta-se.


Eu.
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