Sunday, December 28, 2014

Quietos

O Sol mais uma vez mostrou apenas um de seus olhos, brilhante e imponente, em uma tarde dessas onde os sonhos segregados afloram, pedem para transpor-se do peito. Quietos. 
Estávamos lá, debaixo de árvores frondosas e imensas, os galhos pendiam como ondas que se quebram na areia. As folhas largas e secas, caídas, amassadas por passos imaginários de quem por ali teve o prazer em passar. Senti-las em sombra e sol. Debruçadas. O pôr do sol foi registrado diante de olhos atentos. “Letônia”, um filme lembrado de décadas atrás. Tarde com aquele alguém o qual contempla com o mínimo de seus detalhes; alguns nem mesmo aos olhos são perceptíveis, só podem ser sentidos. Sedentos por detalhes transparentes aos demais, os quais se dissipam dando
lugar a novas particularidades. Por fim, um abraço naquelas árvores; a descoberta que as nuvens têm tons multicores, ainda fazem desenhos indecifráveis, por minutos lembram almofadas onde anjos
se deitam a espreitar o brilho da lua no alto. Tudo faz com que o dia transforme-se quando cultivado
atentamente, de minuto a minuto, de hora em hora, de segundo a segundo. 

 Ele.

Cetim



Contemplaremos nosso silenciar, como quem contempla r a garoa fina e calma.

Ele.

Sunday, December 14, 2014

Giz



Quando a noite se estende como pluma celestial em chão de giz; os olhos atravessam o céu.
Em montanhas debruçadas ele descobre formas: Olhos, lábios, pálpebras... 
Cravou-se no varal das incertezas. 
 Debruçou-se em línguas infalíveis. 
Denunciado foi no branco dos olhos. 

 Ele.

Thursday, December 11, 2014

Fôlego

Acredita que um beijo pode tirar o fôlego? Gostava de perder o fôlego assim.. 

Ele.

Saturday, November 08, 2014

Ele

E ele, sempre caducando. Andando por entre ativistas, Lúgrebes fadas, rosas, rochosas... 
Ideologias mil são subconscientes?!
 E ele, filho de papai. Relata horizontes disformes.
Guiando nuvens a barbante, 
Preenche o medo em meio fio... 
E ele...

Sunday, October 26, 2014

Hannah Arendt

Só seríamos contemporâneos daquilo que a nossa compreensão alcançar... 

Hannah Arendt

Thursday, September 25, 2014

Eu

O individualismo já triunfante, precoce e inato, em uma sociedade caqueticamente dita pseudo/pós-moderna, uma forma tardia em explicar o fracasso da modernidade em sua amplitude. Ambivalência, assimetria, somos aquém de qualquer possibilidade de perfeição estagnante. E há quem diga necessitar de adversários, em detrimento de reconhecimento e/ou desafio. Pseudointelectualidade adorável, como me cativas... Salve nossas contradições e a coragem de enfrentá-las. Em suma: querem fazer eco e muita ressonância, mas o som é sempre mono e abafado... Educação privada deve ser uma opção,não uma necessidade. 

 Eu.

Sunday, August 31, 2014

Pseudalismo

Somos assimétricos, inatos, aquém de qualquer possibilidade de perfeição estagnante. 
Em um mundo dito pós moderno onde uma "massa" pseudo intelectual, a qual - diga-se de passagem - sempre terá sua relevância, pois grandes conceitos sempre partem de algo a priori, falso, vazio, o qual ganhará corpo, "vida". Não obstante, há sempre uma tentativa incessante de encontrar pontos de partida para soluções e/ou correções anacrônicas, sustentações teóricas à serem mantidas apenas através de viés singularizantes, únicos. 
 Teorias coexistentes são entraves, onde o ego, a individualidade em detrimento do coletivo é a única meta, em suma: Salve nossas contradições e a coragem de enfrentá-las... 

 Ele.

Sunday, August 03, 2014

...

Lhe falar sobre o tempo é algo tão vasto, tão aquém de mim, que confesso não ter tempo para definir o tempo, mas essa é mais uma tentativa inócua de definir algo indefinível, assim como definir as várias cores do céu, o real valor da moeda, o tempo exato de trocar os sapatos, como olhar as manhãs, a lua e tudo mais ao redor, e acima de tudo, esse meu avesso qual desconheço cada vez mais. Certo e exato em mim é o tempo que me despojo de corpo e alma, e em ti coloco-me como um selo... Ele.

Saturday, July 26, 2014

Sonhos

Uma parte dele é apenas sonho, a outra é nuvem solidificada, portanto, sempre foi sonho em duas partes... Ele.

Thursday, June 19, 2014

Transmutação...

Borboletas são poemas que voam; tentam uma transmutação... Ele.

Thursday, May 22, 2014

Aforismo (Opaco)

Sobre a luz opaca das paredes brancas. Impregnado pelo silêncio que invade. Reina um mundo de lembranças. Ele.

Silenciar...

Silêncio oportuno. Tão eloquente quando um discurso sem "substância". Não levo a sério isso tudo, aqui nada é palpável assim que o mereça. Nada. Salvo raras exceções. Ele.

Wednesday, April 23, 2014

Utopia

Sempre tive oito anos e meio em um canto da minha memória, e nela, ainda hei de ter não mais que dezesseis. A vida toda. Á partir disso, continuará descortinando travessuras de uma vida flutuante, entre aqui e ali, entre o acaso e o limiar. Nada do que eu escrevo, ou quero escrever vem de mim, sai do amago, esse mesmo amago não sou eu, é talvez alguém o qual eu queira ser e nunca seja. Utopia minha. Ele.

Saturday, March 29, 2014

Brejo

Destemidamente, quando vieres em doses de afeto desmedido, laço de brisa nos cabelos, vou deslizar a face para que seu impulso tome outro rumo, e assim, vire beijo... Ele.

Thursday, March 20, 2014

Poesia torta

Definir algo indefinível é como contemplar o incontemplável, completar o incompleto, mensurar o imensurável, propor infinitude ao finito. Diante de (in) definições, o amor não é definível, e sim vivenciado cotidianamente. Faz poesia como quem chora Faz poesia como quem ama Faz poesia como quem odeia Faz poesia como quem clama Faz poesia como quem nasce Faz poesia como quem respira Faz poesia como quem sonha Faz poesia como quem se atira Faz poesia como quem morre Faz poesia como quem adormece Faz poesia como quem voa Faz poesia como quem tece Faz poesia como quem perdoa Faz poesia como quem desfalece Faz poesia como quem esta à toa AH! Faz apenas torta poesia... Ele.

Thursday, February 27, 2014

Tia

Porta aberta, o sol entra pela fresta deixada de proposito. O sol é ameno, já foi muito mais intenso, dias atrás. Intercalam-se sombra e sol, nesse cômodo da casa, tudo deixa marcas. Formam-se desenhos no chão da sala, em parte da cozinha. Sobretudo na sala. Interessante como em tudo se pode notar movimentos, cores e formas, difusas ou não, as formas sempre estarão preenchendo os espaços. Mesmo atento, muito se perde através da pupila dos olhos, os ângulos observados, esses, deixamos de perceber. Não podemos dar conta da percepção total, porque então haveríamos de dar conta da finitude da vida? Ele.

Thursday, January 23, 2014

Anzóis

Tudo à ler. Espalha-se pela mesa, esgueiram-se papéis brancos por entre escadarias e escombros . Palavras fúteis. Saltam. Por entre anzóis e Borboletas. Desejos e questionamentos, feitos pelas Garças e pedras. Que habitam em rio de curva triste e duradoura... Resposta: Aspas e reticências... Ele.

Wednesday, January 08, 2014

Espaços

Na ausência de azul nessa noite, o lápis que toca o papel transborda azuis, nada é como um azul inventado! Indecifrável... Ajuda-me a nomeá-lo? Quando a noite se estende como pluma celestial em chão de giz; os olhos atravessam o céu. Em montanhas debruçadas ela descobre formas: Olhos, lábios, pálpebras... Ele.
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