Monday, November 21, 2016

Ode disforme


És céu onde padece meu sonho de apreço febril
És céu onde reina a quimera de uma vida sem fim
És céu onde o bocejo da aurora em sono se cala
És céu onde revejo vestígios de corpos benzidos pelo afã do suor

És céu onde tudo se refaz e renasce sem vida
És céu de lençóis  translúcidos e virgens corpóreas
És céu de repouso lunar e olhares de culpa 
És céu onde transbordam espumas  em cetim dourado

És céu de brancos incalculáveis e brechas falíveis 
És céu em línguas insólitas e suspiros de afeto

És céu...



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