São em esquinas que te sondo
Quando o vento traça caminho em faces reclusas
São em esquinas que te vejo
Quando o sol encosta-se e às janelas se pendem
É nessa hora que te clamo
Quando bordam-se nomes em frestas de porta
São em esquinas que te filtro
Quando calam-se lábios em ruas vazias
É nessas esquinas onde desatam-se nós
Abrocham-se mãos em pedestais de mármore
Retraem-se pernas em vidros de cristal
São em esquinas que te sondo
Quando debruço meu dorso franzino em seu peito inclinado
Deite
o peito
Calmo
Sobre minhas pernas...
É nessas esquinas de coração azulado que tenho você.
Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Monday, June 22, 2009
Thursday, June 18, 2009
Saudades
Tenho saudades de quintais, portões e riachos.
Tenho saudades de roupas velhas penduradas em cabide incolor.
Tenho saudades de ruas e vielas de casas e esquinas.
De porões e escadas.
Tenho saudades daqueles olhos-céu.
De rosa azulada.
Tenho saudades da roda gigante imaginária.
Da volta em círculos imprecisos-supremidos.
Tenho saudades de lençóis de seda e algodão, de cama e intercessão.
De apelo e aflição.
Tenho muitas saudades de não mais sentir saudade...
Eu.
Tenho saudades de roupas velhas penduradas em cabide incolor.
Tenho saudades de ruas e vielas de casas e esquinas.
De porões e escadas.
Tenho saudades daqueles olhos-céu.
De rosa azulada.
Tenho saudades da roda gigante imaginária.
Da volta em círculos imprecisos-supremidos.
Tenho saudades de lençóis de seda e algodão, de cama e intercessão.
De apelo e aflição.
Tenho muitas saudades de não mais sentir saudade...
Eu.
Monday, June 08, 2009
Percepção
Percepção do nada.
Não há mais nada de "novo" no novo, pois, tudo não passa de uma recriação "nova" do velho.
Eu.
Não há mais nada de "novo" no novo, pois, tudo não passa de uma recriação "nova" do velho.
Eu.
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