Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Monday, December 24, 2012
"Brecha"
Imaginava se ele fosse pronto em si mesmo, a perfeição em pessoa, singularidade ali, em seus atos, coletivos ou não, a partir dessa singular ideia de perfeição, o que ele então deveria perseguir? Como deveria ser para ele danosa a busca de um nada, já que seres dito perfeitos pressupõem seres completos, prontos e acabados, como diria o grande poeta, “Gostava ele das coisas rasas, do vazio, do incerto, da eminencia de ser...” o quão desumano seria a busca ilusória e utópica por um nível de crescimento intelectual, moral ou estético, o qual a priori encerrar-se-ia em si mesmo. Não haveria desumanização maior. Ela saia pela tangente, pelos espaços menos disputados, oblíquos e adjacências. Assim ele gostava de vê-la, vazia, incompleta, ofuscada, cinzenta, em sua incompletude maior, só assim poderia deslumbrar vê-la prestes a uma erupção, agora de completude.
Ele.
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