Tinha o hábito de sentir nas palavras que escrevia a
imagem prévia de alguém que poderia recebê-las, sim, as palavras pareciam ter uma face,
algo que imprimiria um caráter muito mais pessoal, tudo o que passava era devidamente descrito
em sintonia com a mudança da luz. Talvez os povos ágrafos, aqueles sem escrita
alguma, poderiam comunicar-se muito mais intensamente que eles, os ditos povos
de escrita singular e detentores de uma gramatica usual, a simbologia das ações
poderiam dizer-lhes muitos mais que palavras ou mensagens redundantes.
As imagens falavam.