Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Sunday, May 03, 2020
Rubrica do tempo
Do espaço
à ausência,
ainda
entreaberta
Despojada
de si,
aquém
Rubrica vacilante,
desdém
ocidental
Virgular incerta,
imprecisa
Taquicardia
do tempo,
sem
espaços
Impressões reparadas,
esparsas
Aproximação inerente,
apreço
Cicatrizes no papel,
branco
insolúvel
A casa vazia,
lugar
impróprio
Restaura a
lembrança,
dele
Em
foto/poema haveria anseios...
Latência e curvatura
Serias tu,
Tal qual à água curvando-se ao rumo
Os impropérios citados à vaga noite
A crase indissolúvel
O desejo implícito
Serias tu,
Bocejo decrepito e imaterial
Vulto arqueado ou sobressaído
A potência encarcerada
Os desfrutes proibidos dos iconoclastas
Serias tu,
História ressentida, desterro
Anacronismo fugaz, desamparo
Um arlequim retumbante; cristão
Efervescência dos afetos ou à anomia dos seres
Serias tu,
Aquém de ti, vazio e oco
O final precoce
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