Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Monday, November 13, 2006
Saturday, November 04, 2006
Esse é meu céu.
É só meu, pois, enquanto meu, vejo nesse azul o que quero ver...tudo e nada.
Janela lilás
Adoro ver a Posição das Estrelas no céu, da lua também.
Mesmo quando tudo esta cinza, abrem-se brechas no céu...
Sentar-se nessa cadeira velha, sem importar-se com o ranger que ela traz.
Debruço-me a escrever essas palavras brancas e brandas, por vezes ácidas, é o que goste de fazer. Sem temer as vicissitudes do dia a dia.
Meus olhos? Esses às vezes mostram gana, mas é passageira.
Apaixonado por pálpebras. Percebam quando elas se fecham...
Ainda não sei porque, mas adoro quando chove... Sentir essas gotas espessas que gelam minhas gostas.Em qualquer ocasião prefiro abdicar dos guarda-chuvas. Sempre é assim. Tenho corpo franzino e dedos finos. Ainda adoro dar rosas, brancas ou vermelhas.
Alguns hábitos ditos Vitorianos ainda chamam minha atenção. Prefiro cinema com Vinho tinto, dispenso a pipoca. Aprecio telas de arte, mesmo sem saber o que algumas representam. Não importa. A essência esta na estética o resto é simbolismo.
Prefiro as cores tênues, essas que não ressaltam nos olhos. Ainda pinto a calçada com giz de pedra e ando na grama de pés descalços. Era assim nos tempos joviais. Continua sendo.
Gosto de canções que não tocam nas rádios. Coleciono discos de vinil, até tenho alguns na parede branca. Não suporto o pó que se encosta. Prefiro preto e branco. Não tenho apreço por multicores. Ah! Ainda pretendo subir no prédio mais alto... Erguer bem os braços e ficar lá algumas horas, de preferência sozinho. Quem sabe com a companhia ideal.
Adorava ficar próximo aos trilhos do trem, ele passava de uma em uma hora. Contava os vagões. Passavam tão rápido. Tinha toda certeza que voaria sem asas. Ainda tenho.
Ficar estático durante três minutos por dia é essencial, mesmo nos dias mais improváveis.
Sempre carrego cravos no bolso da calça. Que seja uma confissão. Quando escrevo a mão livre, prefiro o lápis. A modéstia tem sido um defeito. Às vezes dois olhos é pouco.
Nunca deixo de ouvir a canção que mais gosto por três ou até quatro vezes.
Lucas Chibinski.
11/006
Thursday, November 02, 2006
“Não creio ser um Homem que saiba. Tenho sido sempre um Homem que busca, mas já agora não busco nas estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e o sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir a si mesmos”.
Hermann Hesse (Demian)
Não há mais nada de “novo” no "novo” pois, tudo não passa de uma recriação “nova” do velho.
Novas aspirações são necessárias, eu diria, inerentes a nós, seres humanos incompletos, não em nossa essência, mas em nossa ínfima capacidade de contentamento. A procura incessante de algo que não se têm, ou que simplesmente inexiste.
Mas "eu" nessa utopia arcaica, continuo.
Continuo a vislumbrar algo que já tive, posso ter, quero ter.
Com a perca de valores afetivos as pessoas têm imensas dificuldades de manter relações de fidelidade e companheirismo pessoal-afetivo, muitos dos quais me vejo incluído.
(e excluído ao mesmo tempo).
Paradoxo.
Tentam de todas as formas, e na hora certa, mostrarem quem são, o que pensam, o que sentem, o que oferecem, mas não é o suficiente, os do lado de lá não valorizam, em sua maioria, acham graça e jogam fora o que nunca mais poderão ter, ou sentir...Para os do lado de cá, é como entrar sem ser convidado!
Subscribe to:
Posts (Atom)