Thursday, November 02, 2006
















“Não creio ser um Homem que saiba. Tenho sido sempre um Homem que busca, mas já agora não busco nas estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e o sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir a si mesmos”.

Hermann Hesse (Demian)


Não há mais nada de “novo” no "novo” pois, tudo não passa de uma recriação “nova” do velho.


Novas aspirações são necessárias, eu diria, inerentes a nós, seres humanos incompletos, não em nossa essência, mas em nossa ínfima capacidade de contentamento. A procura incessante de algo que não se têm, ou que simplesmente inexiste.
Mas "eu" nessa utopia arcaica, continuo.
Continuo a vislumbrar algo que já tive, posso ter, quero ter.

Com a perca de valores afetivos as pessoas têm imensas dificuldades de manter relações de fidelidade e companheirismo pessoal-afetivo, muitos dos quais me vejo incluído.
(e excluído ao mesmo tempo).
Paradoxo.
Tentam de todas as formas, e na hora certa, mostrarem quem são, o que pensam, o que sentem, o que oferecem, mas não é o suficiente, os do lado de lá não valorizam, em sua maioria, acham graça e jogam fora o que nunca mais poderão ter, ou sentir...Para os do lado de cá, é como entrar sem ser convidado!

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