Eu ainda continuo observando o peso da gota sobre as asas daquela borboleta.
Era a mais linda, dentre tantas que meus olhos captam.
De asas dobradas.
Nessas tardes de sol e terra entre os dedos.
Algumas estão sempre lá, sucumbem ao tempo, tempo imaginário.
Tão tênue e frágil é essa vida.
Elas não sonham, sua vida é a mais curta e a mais bela.
Beleza por excelência, em estado puro.
Da larva ao encantamento de cores que destilam em minhas mãos.
Com um leve sopro sobre aquelas asas, ainda em pé, eu retiro todo o pó da morte.
Voltam a ter vida dentre meus livros.
São agora marca páginas de histórias de amor e lembranças de tardes com borboletas azuladas ao lado.
Veja com seus olhos?
Quanta beleza ainda viva!
Eu.
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