Definir algo indefinível é como contemplar o incontemplável, completar o perene incompleto, mensurar o imensurável, propor infinitude ao finito. Diante de (in) definições, o amor não é definível, e sim vivenciado cotidianamente.
Eu.
Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Monday, December 27, 2010
Tuesday, December 14, 2010
Esquinas
São em esquinas que te sondo
Quando o vento traça caminho em faces reclusas
São em esquinas que te vejo
Quando o sol encosta-se e às janelas se pendem
É nessa hora que te clamo
Quando se bordam nomes em frestas de porta
São em esquinas que te filtro
Quando se calam lábios em ruas vazias
Em esquinas onde se desatam nós
Abrocham-se mãos em pedestais de mármore
Retraem-se pernas em vidros de cristal
São em esquinas que te sondo
Quando debruço meu dorso franzino em seu peito inclinado
Deite
O peito
Calmo
Sereno
Sob minhas pernas...
É nessas esquinas de coração azulado que te tenho.
Eu.
Quando o vento traça caminho em faces reclusas
São em esquinas que te vejo
Quando o sol encosta-se e às janelas se pendem
É nessa hora que te clamo
Quando se bordam nomes em frestas de porta
São em esquinas que te filtro
Quando se calam lábios em ruas vazias
Em esquinas onde se desatam nós
Abrocham-se mãos em pedestais de mármore
Retraem-se pernas em vidros de cristal
São em esquinas que te sondo
Quando debruço meu dorso franzino em seu peito inclinado
Deite
O peito
Calmo
Sereno
Sob minhas pernas...
É nessas esquinas de coração azulado que te tenho.
Eu.
Monday, December 06, 2010
Friday, December 03, 2010
“É preciso que a História deixe de nos aparecer como uma necrópole adormecida onde só passam sombras despojadas de substâncias.
É preciso que, no velho palácio silencioso da luta, todos cobertos da poeira do combate, do sangue coagulado do monstro vencido e que, abrindo as janelas de par em par, avivando as luzes e restabelecendo o barulho despertem com a própria vida, com a vossa vida quente e jovem, a vida gelada da princesa adormecida.”
Lucien Febvre, Combates pela História (1952).
É preciso que, no velho palácio silencioso da luta, todos cobertos da poeira do combate, do sangue coagulado do monstro vencido e que, abrindo as janelas de par em par, avivando as luzes e restabelecendo o barulho despertem com a própria vida, com a vossa vida quente e jovem, a vida gelada da princesa adormecida.”
Lucien Febvre, Combates pela História (1952).
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