Silêncio oportuno.
Tão eloqüente quanto um discurso sem "substância".
Não leve a sério isso tudo, aqui nada é palpável assim que o mereça.
Nada.
Salvo raras exceções.
Eu.
![Pálpebra Lilás ( Aforismos do Eu ).](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUYPHQogpvd9chpkKNOaBmTjVkhmca9X8wsuTyHr172KxJqXlBRkU9RwWwcWpOGlNYxBs0Y6i6ai6P38Lp8R3e-dKGGFTbOhNFqPdCQWA5yHJUpR4cJhwfm_6wsI8gGT82LTns/s1600/thismortalcoil.jpg)
Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Wednesday, December 21, 2011
Vinho + Filosofia
“A distinção entre países civilizados e incivilizados é a distinção entre os lugares onde bebem e onde não bebem”, diz o inglês Roger Scruton.
Autor de mais de 30 livros de ensaio, o filósofo conservador assinou, entre 2001 e 2009, uma coluna sobre vinhos na revista britânica New Statesman, que serviu de material para a obra em questão, descrita por Scruton como um guia não para a fruição da bebida e sim para pensá-la.
Recheado de referências a grandes filósofos, como Berkeley, Nietzsche e Russell, e sua relação com o vinho, o livro também faz ataques à obsessão pela forma física, aos líderes religiosos fanáticos e às regulamentações econômicas centralizadoras da Europa.
Bebo, Logo Existo
Roger Scruton
Trad.: Cristina Cupertino
Octavo
304 págs.
R$ 65
Fonte: Revista Cult.
Autor de mais de 30 livros de ensaio, o filósofo conservador assinou, entre 2001 e 2009, uma coluna sobre vinhos na revista britânica New Statesman, que serviu de material para a obra em questão, descrita por Scruton como um guia não para a fruição da bebida e sim para pensá-la.
Recheado de referências a grandes filósofos, como Berkeley, Nietzsche e Russell, e sua relação com o vinho, o livro também faz ataques à obsessão pela forma física, aos líderes religiosos fanáticos e às regulamentações econômicas centralizadoras da Europa.
Bebo, Logo Existo
Roger Scruton
Trad.: Cristina Cupertino
Octavo
304 págs.
R$ 65
Fonte: Revista Cult.
Monday, December 12, 2011
Encanto
Apenas toca-me, de leve e sem medo, depois, como fazem os pássaros que voam de árvores imensas, volta em revoada e leva-me contigo...
Leva-me e não traz de volta.
O desencanto da perda será o alimento da esperança.
Eu.
Leva-me e não traz de volta.
O desencanto da perda será o alimento da esperança.
Eu.
Tuesday, December 06, 2011
32
Depois daquela chuva rápida de gotas finas ela cruzou a rua central da cidade baixa.
Trazia nos braços dois livros, tinham a capa manchada de sangue, ou seriam resquícios de vinho da noite passada? Onde atenuou a solidão em esquinas sem luz. A página trinta e dois marcada com uma folha azulada contia a poesia preferida, era de Rilke, seu poeta de todas as horas. Mesmo de pálpebras cansadas, acesas agora pela luz do sol radiante, inclina seus braços lisos sobre o banco da praça deserta. Cicatrizes na calçada lilás denunciam apegos.
Descansa o corpo franzino. Acometida por olhos de estranheza. Retira do casaco de couro negro um pedaço de seda em branco, despeja sensações rabiscadas com giz de cera. Brilham os lábios finos, são atrozes e insinuantes.
No peito delineasse um nome feito com miçangas.
A noite encosta, continua denunciando sonhos, vigiando o céu.
Sondando as nuvens.
Depois de uma bela taça de vinho tinto, essas palavras avulsas libertaram-se.
Cansaço na retina dos olhos, a madrugada sobrevive.
Vivendo.
Eu.
Trazia nos braços dois livros, tinham a capa manchada de sangue, ou seriam resquícios de vinho da noite passada? Onde atenuou a solidão em esquinas sem luz. A página trinta e dois marcada com uma folha azulada contia a poesia preferida, era de Rilke, seu poeta de todas as horas. Mesmo de pálpebras cansadas, acesas agora pela luz do sol radiante, inclina seus braços lisos sobre o banco da praça deserta. Cicatrizes na calçada lilás denunciam apegos.
Descansa o corpo franzino. Acometida por olhos de estranheza. Retira do casaco de couro negro um pedaço de seda em branco, despeja sensações rabiscadas com giz de cera. Brilham os lábios finos, são atrozes e insinuantes.
No peito delineasse um nome feito com miçangas.
A noite encosta, continua denunciando sonhos, vigiando o céu.
Sondando as nuvens.
Depois de uma bela taça de vinho tinto, essas palavras avulsas libertaram-se.
Cansaço na retina dos olhos, a madrugada sobrevive.
Vivendo.
Eu.
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