Tenho guardado hora (s) em gavetas de fundo falso, cômodos vazios, e esperanças inacabadas, os amigos são de gelo e aquelas páginas ainda circunscritas. Só se tem paz em um céu que se pinta com as mãos vazias de ego e afetação.
Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Monday, November 30, 2020
Friday, November 20, 2020
Com você abstraio o fútil
Pensar sobre as inconstâncias que nos cercam, os próprios escombros ainda escondidos, obscurantismos renascidos, sobre a necessidade latente da desculpa e do perdão, além de erros apressados de revolta, talvez seja uma das tarefas mais difíceis dessa vida.
Se assim ainda o faz, isso o tornará tão impuro quanto seu algoz.
Quando incorporo o que não quero em mim; minha culpa, só minha. O início da mudança é o reconhecimento da própria incapacidade.
Naquela noite quando lhe
disse: estou aquém de tanto o que deveria ser e sentir, agir e abstrair, você reaparece e me diz que agora me dará suas mãos, já me sinto outro, sempre serei outro com você!
Só quero abster-me de tudo o que não é amor, tudo, expropriar de uma vez por todas todo amargo, fugaz e tóxico...
Você reaparece sempre em momentos de céus tortuosos, escuros e sem cor, deixa tudo como deve ser; abstrair e sentir...