Pensar sobre as inconstâncias que nos cercam, os próprios escombros ainda escondidos, obscurantismos renascidos, sobre a necessidade latente da desculpa e do perdão, além de erros apressados de revolta, talvez seja uma das tarefas mais difíceis dessa vida.
Se assim ainda o faz, isso o tornará tão impuro quanto seu algoz.
Quando incorporo o que não quero em mim; minha culpa, só minha. O início da mudança é o reconhecimento da própria incapacidade.
Naquela noite quando lhe
disse: estou aquém de tanto o que deveria ser e sentir, agir e abstrair, você reaparece e me diz que agora me dará suas mãos, já me sinto outro, sempre serei outro com você!
Só quero abster-me de tudo o que não é amor, tudo, expropriar de uma vez por todas todo amargo, fugaz e tóxico...
Você reaparece sempre em momentos de céus tortuosos, escuros e sem cor, deixa tudo como deve ser; abstrair e sentir...
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