Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Thursday, December 28, 2006
Indie-rock
A última das minhas bandas prediletas, são garotas que fazem canções plácidas * referência nítida a The Smiths * e anos 80,s.
Lançaram um único álbum, antes um single, logo "Up" nesse espaço.
Aliado a isso, possuem uma singularidade melódica que me toma...
Ótimo para descobrir desenhos em nuvens.
Trinta e dois
Depois daquela chuva rápida de gotas finas ela cruzou a rua central da cidade baixa.
Trazia nos braços dois livros, tinham a capa manchada de sangue, ou seria resquícios de vinho da noite passada? Onde atenuou a solidão em esquinas sem luz. A pagina trinta e dois marcada com uma folha azulada contia a poesia preferida, era de Rilke, seu poeta de todas as horas. Mesmo de pálpebras cansadas, acesas agora pela luz do sol radiante, inclina seus braços lisos sobre o banco da praça deserta. Cicatrizes na calçada lilás denunciam apegos.
Descansa o corpo franzino. Acometida por olhos de estranheza. Retira do casaco de couro negro pedaço de seda em branco, despeja sensações rabiscadas a giz de cera. Brilham os lábios finos, são atrozes e insinuantes. No peito delineasse um nome feito com miçangas.
A noite encosta, continua denunciando sonhos, vigiando o céu. Sondando as nuvens.
Depois de uma bela taça de vinho tinto, essas palavras avulsas libertaram-se.
Cansaço na retina dos olhos, a madrugada sobre-vive. Vivendo.
...Ontem
Deitado em seu colo como criança quando se aninha em coração de mãe.
Do dia de hoje, só lembro de nós no dia de ontem...
Foi singular, puro e terno, como deve ser...
Ontem.
08/2006
Lucas Chibinski.
Do dia de hoje, só lembro de nós no dia de ontem...
Foi singular, puro e terno, como deve ser...
Ontem.
08/2006
Lucas Chibinski.
Tuesday, December 26, 2006
Friday, December 15, 2006
Esse 1º álbum do Dead can Dance pode ser considerado um divisor, pois, ele nos remete a uma atmosfera totalmente diferente dos álbuns posteriores, é claro, a essencia do duo, que já recebeu vários rótulos, Dark, Ambient Music, World, Goth, esta ali, mas como um bom saudosista considero o homônimo singular!
Ouçam!
http://rapidshare.com/files/7652620/Dead_Can_Dance.rar.html
Saturday, December 02, 2006
Gilka Machado
Embora de teus lábios afastada
(Que importa ? - Tua boca está vazia ...)
Beijo esses beijos com que fui beijada,Beijo teus beijos, numa nova orgia.
Inda conservo a carne deliciadaPela tua carícia que mordia,Que me enflorava a pele, pois, em cadaBeijo dos teus uma saudade abria.
Teus beijos absorvi-os, esgotei-os :Guardo-os nas mãos, nos lábios e nos seios,Numa volúpia imorredoura e louca.
Em teus momentos de lubricidade,Beijarás outros lábios, com saudadeDos beijos que roubei de tua boca.
Ana Lúcia Sonhei em ser útil à humanidade. Não consegui, mas fiz versos. Estou convicta de que a poesia é tão indispensável à existência como a água, o ar, a luz, a crença, o pão e o amor". Essas palavras ecoaram pelo Rio de Janeiro, na segunda metade do século XX. Foram proferidas pela poetisa Gilka Machado, no crepúsculo de sua vida, toda dedicada à poesia. Patrona da cadeira nº 22 da AFCLAS, ocupada pela acadêmica Lydia J. de Azeredo Borges. Figura polêmica, carismática e, sobretudo, batalhadora, Gilka da Costa de Melo Machado nasceu a 12 de março de 1893, no Rio de Janeiro. Educada entre artistas, começou a fazer versos na infância, influenciada pelo poeta Hermes Fontes. Cultivou o verso livre, com estilo fortemente sensual, lançando a semente renovadora em nossa poesia. A ousadia de sua lira amorosa teve o efeito de um verdadeiro cautério, de um estímulo poderoso e salutar que, não raro, se voltou contra ela própria. Sua primeira coletânea, "Cristais Partidos", caracteriza-se por uma preocupação em ver o lado espiritual da vida. Os livros seguintes, "Estado d'Alma", "Mulher Nua" e "Meu Glorioso Pecado" são mais liberários, manifestando seu desejo de "viver somente sujeito às leis da natureza e aos caprichos do amor". Sua obra "sublimação" difere das anteriores, pela serenidade de tom, incluindo poemas de conteúdo social. Viúva aos 30 anos, lutou, arduamente, para sobreviver e educar os filhos, sem atender às soluções que repugnavam o seu pudor. Em 1965, ano do cinqüentenário de sua estréia, inseriu na antologia "Velha Poesia", grande número de inéditos que falavam de seus desenganos e na proximidade da morte. Faleceu em 12 de março de 1980.
Ausência tua
A ausência tua é uma presença estranha,a ausência tua a solidão me alinda;o silêncio parece-me que é, ainda,a tua voz que, em sono, me acompanha
A ausência tua torna-se tamanhaque se me faz uma presença infinda,pois na tristeza que meus nervos ganhasinto, de instante a instante, a tua vinda.
De ti todo o meu ser está tão cheioque me amo, que me afago, que me enleionuma indizível ilusão sensória...
E abro à tua saudade braços de ânsia,desafiando os poderes da distância,com teus beijos mordendo-me a memória.
(Gilka Machado)
AMAR
EU QUERO AMAR, AMAR PERDIDAMENTE!AMAR SÓ POR AMAR...AQUÍ...ALÉM...MAIS ESTE E AQUELE,O OUTRO E TODA A GENTEAMAR!AMAR!E NÃO AMAR NINGUÉM.
RECORDAR? ESQUECER?INDIFERENTE!PRENDER OU DESPRENDER?É MAL?É BEM?QUEM DISSER QUE SE PODE AMAR ALGUÉMDURANTE A VIDA INTEIRA É PORQUE MENTE!
HÁ UMA PRIMAVERA EM CADA VIDA:É PRECISO CANTÁ-LA ASSIM FLORIDAPOIS,SE DEUS NOS DEU VOZ FOI PRA CANTAR
E SE UM DIA HEI DE SER PÓ,CINZA E NADAQUE SEJA MINHA NOITE UMA ALVORADAQUE ME SAIBA PERDER...PRA ME ENCONTRAR.
Uma bela Poetisa, das simbolistas, a melhor!
Adoro-te!
Time Baby 3
Medicine (vídeo)
Uma grande banda da safra 90 do chamado Shoegazer, nesse caso mais "Dreampop".
Destaque para a participação da bela Liz Frazer (Cocteau Tiwns), com sua voz singularmente bela, única.
Essa canção faz parte da trilha do filme "O Corvo"
http://www.badongo.com/pt/vid/249271
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