Tuesday, November 08, 2011

Vida.

Esse começo de noite traz consigo o soar de uma canção que lembra um amor que se foi.
Penso na complexidade humana e sua impossibilidade em amar e ser amado intensamente, será uma utopia o amor recíproco e eterno?
Altruísta.
Você tão distante que me indaga sobre amores, quem sabe poderá me responder...
Pois acabo de ver algo que achava ser eterno ir para muito longe, sem promessa para voltar, tento me fazer forte a cada nova manhã, mas não nasci com tal destreza, sim, pois imagino ser algo de suma importância em nossos dias atuais, lidar com amores fugazes que vão sem deixar um adeus digno de sua existência.
Para aqueles que não sabem lidar com as perdas de nosso dia a dia, um amor que se vai é como uma flor agonizante em um jardim que lhe prometeu vinda perene.
Talvez seja apenas para os fracos essa real dor que cala, definitivamente não sei, mas porque não senti-la? Tentando extrair-lhe o mais puro e perspicaz que haja em si, o futuro reserva-lhe promessas positivas, tão certas como o par de chinelos que me espera ao lado da cama todas as manhãs, é o amor que deposito em alguém que ainda não conheço quem sabe nunca venha a conhecer.
Mas não deve ser tão lisérgico assim caminhar por dentre asperezas de uma vida tão inconstante, complexa como a convivência humana.
“O mistério do Amor é maior que o mistério da morte”, já dizia um saudoso poeta, Oscar Wilde é seu nome.
Incessantemente nos mostra que a vida é um lindo caminho a ser trilhado, mesmo trazendo em si dores descompassadas em horas impróprias, que tanto nos calejam a alma e coração. Sinto falta de palavras de afeto a me cercarem por todos os lados. Pensamentos trasbordam de minha mente, dando vazão ao infinito sem credito algum. Teço um mar de quimeras, onde não se permite finitudes nem orações em vão, a noite brilhará, é certo como a próxima gota de chuva que molha mais uma vez o canto escuro do quarto.
A felicidade é forte e visionária, como o garoto da esquina que solta à pipa sem o vento necessário.
Junto o pó dos dias inebriantes, murmuro uma nova cantiga, lembro-me então que a vida deve ser intensamente vivida, dias passam, noites adentram, e meu coração se torna cada vez mais furtivo.
Solucivo.
Quem sabe no próximo segundo a vida vira do avesso, hoje a insônia sufoca, amanhã adormeço, devo seguir tenro, eloqüente e sensível como minha alma nasceu, andando sobre a grama verde, pés descalços, mundo árduo, mundo plácido é nessa (dis)solução que eu sigo.
Essa noite não te quero mais... Sobreviver em meio ao constrangimento de não ser convidado a entrar.
Com meus olhos direcionados sempre para o céu, eu continuo, eu continuarei...


Eu.

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