Thursday, January 25, 2007















Rabiscos de uma hora.

O Sol mais uma vez mostrou apenas um de seus olhos, brilhante e imponente, em uma tarde dessas onde os sonhos segregados afloram, pedem para transpor-se do peito. Quietos.
Estávamos lá, debaixo de árvores frondosas e imensas, os galhos pendiam como ondas que se quebram na areia. As folhas largas e secas caídas, amassadas por passos imaginários de quem por ali teve o prazer em passar. Senti-las em sombra e sol. Debruçadas. O pôr do sol foi registrado diante de olhos atentos. “Letônia”, um filme lembrado de décadas atrás.
Tarde com aquele alguém o qual contempla com o mínimo de seus detalhes, alguns nem mesmo aos olhos são perceptíveis, só podem ser sentidos. Sedentos por detalhes transparentes aos demais, os quais se dissipam dando lugar a novas particularidades.
Por fim, um abraço naquelas árvores; a descoberta que as nuvens em tons multicores ainda fazem desenhos indecifráveis, por minutos lembram almofadas onde anjos se deitam a espreitar o brilho da lua no alto. Tudo faz com que o dia se transforme, se cultivado atentamente de minuto a minuto, de hora em hora.

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