Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Thursday, January 25, 2007
Rabiscos de uma hora.
O Sol mais uma vez mostrou apenas um de seus olhos, brilhante e imponente, em uma tarde dessas onde os sonhos segregados afloram, pedem para transpor-se do peito. Quietos.
Estávamos lá, debaixo de árvores frondosas e imensas, os galhos pendiam como ondas que se quebram na areia. As folhas largas e secas caídas, amassadas por passos imaginários de quem por ali teve o prazer em passar. Senti-las em sombra e sol. Debruçadas. O pôr do sol foi registrado diante de olhos atentos. “Letônia”, um filme lembrado de décadas atrás.
Tarde com aquele alguém o qual contempla com o mínimo de seus detalhes, alguns nem mesmo aos olhos são perceptíveis, só podem ser sentidos. Sedentos por detalhes transparentes aos demais, os quais se dissipam dando lugar a novas particularidades.
Por fim, um abraço naquelas árvores; a descoberta que as nuvens em tons multicores ainda fazem desenhos indecifráveis, por minutos lembram almofadas onde anjos se deitam a espreitar o brilho da lua no alto. Tudo faz com que o dia se transforme, se cultivado atentamente de minuto a minuto, de hora em hora.
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