O que me preocupa é ser seletivamente exagerado, nós "Seres dito Humanos" temos a tendência de avaliar as pessoas de fora para dentro, é perigoso, um perigo inerente, eu sei, mas o ideal é uma análise de dentro para fora, poucos fazem isso, poucos que são a minoria.
Mas é muito bom fazer parte dessa "Minoria", se paga um preço, mas é válido, extremamente válido.
Mesmo porque, fazer parte da "massa" povão alienado que pensa da mesma maneira, isso não é pra mim, não mesmo.
Não há aqui nenhum valor em relação à ser mais que alguém, definitivamente não, apenas ser essência por essência...
Alguém.
Eu.
Assim como tudo e mais ainda sobre tons de pálpebras, nada sei, nada quero dizer em especial, não sei se faço poesia ou falácia, só sei, eu, que despejo tudo nessas palavras, sem restrições de tempo, hora e momento. Há em mim alguém o qual desconheço, esse deve ser um tanto poeta de gaveta, um tanto filósofo de esquina. Ah! e de calçadas também. Entrego-me ao meu avesso!
Wednesday, December 09, 2009
Sunday, December 06, 2009
Você
Deitado em seu colo como criança quando se aninha em coração de mãe.
Como árvores que inclinam-se com a ventania.
Do dia de hoje, só lembro-me de nós no dia de ontem...
Foi singular, puro e terno, como deve ser.
Eu.
Como árvores que inclinam-se com a ventania.
Do dia de hoje, só lembro-me de nós no dia de ontem...
Foi singular, puro e terno, como deve ser.
Eu.
Lado alado.
Se posto que futuro seja promessa e promessa racha.
Se posto que futuro seja obscuro ou clarão.
À parte, o que me cabe é viver um dia de cada vez.
Intensamente.
Ao lado seu.
Do seu lado.
Eu.
Se posto que futuro seja obscuro ou clarão.
À parte, o que me cabe é viver um dia de cada vez.
Intensamente.
Ao lado seu.
Do seu lado.
Eu.
Saturday, December 05, 2009
O som do silêncio é incolor...
Eram perceptíveis apenas as folhas, as sentia com os dedos dos pés.
De mãos ao vento, como quem corta o céu em linhas e faz desenhos em nuvens, seguia. Andar por sobre a grama verde em dias cinza. Seu andar era lento, pernas curtas, não tinha muito alcance com os braços finos. Esmagava folhas secas com a palma das mãos, matinha um gosto amargo nos lábios. Com baixo tom de voz. Olhar distante. Cabelos eriçados e pele alva. Olhava-se no espelho ao menos três vezes ao dia, e o que via? Alguém incomum, diferente. Por vezes atônito, a um passo da despedida insólita. Anel cor de sangue na mão direita. Andava diariamente pela aquela viela de pedras soltas, ar pesado. Lenço lilás no pescoço. Unhas negras e dedos curtos. Preencher espaços ainda não habitados perecia ser a intenção. Sorrateiramente inclinando-se entre dia e noite. Tardes outonais eram descritas em folha branca. Letras escondidas debaixo da cama prateada., na janela apenas um vaso amarelado e sem flores. Regar o que ali? Observava quando o sol se punha, todo o dia era assim, com ou sem chuva. Não dava ouvidos aos desavisados, aqueles que não percebiam a cor do céu nem as aves que revoavam continuamente aquele povoado deserto e sem luz. Tudo perecia conter algo de inédito. Ainda não contemplado por aqueles olhos cor de brasa. Definitivamente é de impressionar a sagacidade que traz nesses olhos, algo íntimo sempre acontecia, mudava repentinamente. Sem hora marcada ou movimentos estudados.
Uma vontade tênue e lilás de surpreender-se. A cada segundo o silêncio é cultuado divinamente. Sem deixar transparecer um semblante preocupado ou tenso. Calmaria.
É o que tomava conta, parecia viver entre um misto de devoção e alienação desmedida. Por escolha talvez. Quem sabe? Esse hábito de brincar com palavras foram-lhe tomando aos poucos. Assim gradativamente. A modéstia agora dava lugar ao único e improvável momento de espera. O futuro caracterizava-se como a maior das promessas mal contadas.
Apesar de certo apreço por multicores, às vezes tudo à volta lhe parecia monocromático. Essa vontade latente que pairava em tecer nos dias algo supremo.
Ver um mundo caótico ao avesso. – O silêncio lhe dizendo:
- No final daquele poço há mais um estúpido querendo lhe jogar a corda.
Deixaria que o afogamento fosse divino e único?
O medo agora era medo de não tentar. Após debruçar-se sobre aquela calçada fria, pensou. Pensou muito sobre como descreveria aquele novo momento de silêncio.
Eu.
De mãos ao vento, como quem corta o céu em linhas e faz desenhos em nuvens, seguia. Andar por sobre a grama verde em dias cinza. Seu andar era lento, pernas curtas, não tinha muito alcance com os braços finos. Esmagava folhas secas com a palma das mãos, matinha um gosto amargo nos lábios. Com baixo tom de voz. Olhar distante. Cabelos eriçados e pele alva. Olhava-se no espelho ao menos três vezes ao dia, e o que via? Alguém incomum, diferente. Por vezes atônito, a um passo da despedida insólita. Anel cor de sangue na mão direita. Andava diariamente pela aquela viela de pedras soltas, ar pesado. Lenço lilás no pescoço. Unhas negras e dedos curtos. Preencher espaços ainda não habitados perecia ser a intenção. Sorrateiramente inclinando-se entre dia e noite. Tardes outonais eram descritas em folha branca. Letras escondidas debaixo da cama prateada., na janela apenas um vaso amarelado e sem flores. Regar o que ali? Observava quando o sol se punha, todo o dia era assim, com ou sem chuva. Não dava ouvidos aos desavisados, aqueles que não percebiam a cor do céu nem as aves que revoavam continuamente aquele povoado deserto e sem luz. Tudo perecia conter algo de inédito. Ainda não contemplado por aqueles olhos cor de brasa. Definitivamente é de impressionar a sagacidade que traz nesses olhos, algo íntimo sempre acontecia, mudava repentinamente. Sem hora marcada ou movimentos estudados.
Uma vontade tênue e lilás de surpreender-se. A cada segundo o silêncio é cultuado divinamente. Sem deixar transparecer um semblante preocupado ou tenso. Calmaria.
É o que tomava conta, parecia viver entre um misto de devoção e alienação desmedida. Por escolha talvez. Quem sabe? Esse hábito de brincar com palavras foram-lhe tomando aos poucos. Assim gradativamente. A modéstia agora dava lugar ao único e improvável momento de espera. O futuro caracterizava-se como a maior das promessas mal contadas.
Apesar de certo apreço por multicores, às vezes tudo à volta lhe parecia monocromático. Essa vontade latente que pairava em tecer nos dias algo supremo.
Ver um mundo caótico ao avesso. – O silêncio lhe dizendo:
- No final daquele poço há mais um estúpido querendo lhe jogar a corda.
Deixaria que o afogamento fosse divino e único?
O medo agora era medo de não tentar. Após debruçar-se sobre aquela calçada fria, pensou. Pensou muito sobre como descreveria aquele novo momento de silêncio.
Eu.
Friday, November 27, 2009
Sunday, November 22, 2009
Asas dela
Eu ainda continuo observando o peso da gota sobre as asas daquela borboleta.
Era a mais linda, dentre tantas que meus olhos captam.
De asas dobradas.
Nessas tardes de sol e terra entre os dedos.
Algumas estão sempre lá, sucumbem ao tempo, tempo imaginário.
Tão tênue e frágil é essa vida.
Elas não sonham, sua vida é a mais curta e a mais bela.
Beleza por excelência, em estado puro.
Da larva ao encantamento de cores que destilam em minhas mãos.
Com um leve sopro sobre aquelas asas, ainda em pé, eu retiro todo o pó da morte.
Voltam a ter vida dentre meus livros.
São agora marca páginas de histórias de amor e lembranças de tardes com borboletas azuladas ao lado.
Veja com seus olhos?
Quanta beleza ainda viva!
Eu.
Era a mais linda, dentre tantas que meus olhos captam.
De asas dobradas.
Nessas tardes de sol e terra entre os dedos.
Algumas estão sempre lá, sucumbem ao tempo, tempo imaginário.
Tão tênue e frágil é essa vida.
Elas não sonham, sua vida é a mais curta e a mais bela.
Beleza por excelência, em estado puro.
Da larva ao encantamento de cores que destilam em minhas mãos.
Com um leve sopro sobre aquelas asas, ainda em pé, eu retiro todo o pó da morte.
Voltam a ter vida dentre meus livros.
São agora marca páginas de histórias de amor e lembranças de tardes com borboletas azuladas ao lado.
Veja com seus olhos?
Quanta beleza ainda viva!
Eu.
Sunday, November 08, 2009
Monday, November 02, 2009
Monday, October 19, 2009
Friday, October 16, 2009
"Brutalidade"
A "Brutalidade" de um novo poema ainda não regogitado, vem-me, aliado ao torpor de palavras descritas no amago.
Esvaindo-se inconcientemente.
Eu.
Esvaindo-se inconcientemente.
Eu.
Saturday, September 26, 2009
Pêndulo.
Saudades que "mora" não se ausenta.
Sinto saudades sem ainda ter avistado seus olhos, mesmo que de longe fosse, mesmo que de longe seja...
Eu.
Sinto saudades sem ainda ter avistado seus olhos, mesmo que de longe fosse, mesmo que de longe seja...
Eu.
Wednesday, September 16, 2009
Tuesday, September 08, 2009
Thursday, August 27, 2009
Thursday, August 20, 2009
Fuga nº 2
Não deixar que o medo o afugente da fuga, fuga essa inevitável aos quem vem de lá, lá onde nascem flores nas pedras e borboletas azuis saem das rochas...
Aqui em baixo tudo é vã.
Fogem.
Eu.
Aqui em baixo tudo é vã.
Fogem.
Eu.
Thursday, July 30, 2009
Chuva
A chuva fina e silenciosa veio de repente; fiquei todo molhado, foi proposital.
Adorei. Ela ainda escorre pelo vão da janela e faz um barulho de "Jazz" batendo na calha. Ela, a chuva.
Eu.
Adorei. Ela ainda escorre pelo vão da janela e faz um barulho de "Jazz" batendo na calha. Ela, a chuva.
Eu.
Monday, June 22, 2009
Esquinas
São em esquinas que te sondo
Quando o vento traça caminho em faces reclusas
São em esquinas que te vejo
Quando o sol encosta-se e às janelas se pendem
É nessa hora que te clamo
Quando bordam-se nomes em frestas de porta
São em esquinas que te filtro
Quando calam-se lábios em ruas vazias
É nessas esquinas onde desatam-se nós
Abrocham-se mãos em pedestais de mármore
Retraem-se pernas em vidros de cristal
São em esquinas que te sondo
Quando debruço meu dorso franzino em seu peito inclinado
Deite
o peito
Calmo
Sobre minhas pernas...
É nessas esquinas de coração azulado que tenho você.
Quando o vento traça caminho em faces reclusas
São em esquinas que te vejo
Quando o sol encosta-se e às janelas se pendem
É nessa hora que te clamo
Quando bordam-se nomes em frestas de porta
São em esquinas que te filtro
Quando calam-se lábios em ruas vazias
É nessas esquinas onde desatam-se nós
Abrocham-se mãos em pedestais de mármore
Retraem-se pernas em vidros de cristal
São em esquinas que te sondo
Quando debruço meu dorso franzino em seu peito inclinado
Deite
o peito
Calmo
Sobre minhas pernas...
É nessas esquinas de coração azulado que tenho você.
Thursday, June 18, 2009
Saudades
Tenho saudades de quintais, portões e riachos.
Tenho saudades de roupas velhas penduradas em cabide incolor.
Tenho saudades de ruas e vielas de casas e esquinas.
De porões e escadas.
Tenho saudades daqueles olhos-céu.
De rosa azulada.
Tenho saudades da roda gigante imaginária.
Da volta em círculos imprecisos-supremidos.
Tenho saudades de lençóis de seda e algodão, de cama e intercessão.
De apelo e aflição.
Tenho muitas saudades de não mais sentir saudade...
Eu.
Tenho saudades de roupas velhas penduradas em cabide incolor.
Tenho saudades de ruas e vielas de casas e esquinas.
De porões e escadas.
Tenho saudades daqueles olhos-céu.
De rosa azulada.
Tenho saudades da roda gigante imaginária.
Da volta em círculos imprecisos-supremidos.
Tenho saudades de lençóis de seda e algodão, de cama e intercessão.
De apelo e aflição.
Tenho muitas saudades de não mais sentir saudade...
Eu.
Monday, June 08, 2009
Percepção
Percepção do nada.
Não há mais nada de "novo" no novo, pois, tudo não passa de uma recriação "nova" do velho.
Eu.
Não há mais nada de "novo" no novo, pois, tudo não passa de uma recriação "nova" do velho.
Eu.
Monday, May 18, 2009
Imperativo
No canto dos olhos paira o silêncio, sem face sem momento.
Silêncio que a todos consola.
Imperativo.
Algo sobre o “meu e o seu” silêncio.
Eu.
Silêncio que a todos consola.
Imperativo.
Algo sobre o “meu e o seu” silêncio.
Eu.
Saturday, April 04, 2009
Pessoas
O som é doce, de tom lilás, vem do silêncio através da janela angular.
Quando não há correria nas ruas, tampouco nas calçadas.
As lâmpadas todas acesas, só restam pegadas de pessoas que passaram.
Sempre passam e nunca olham para o céu.
Eu.
Quando não há correria nas ruas, tampouco nas calçadas.
As lâmpadas todas acesas, só restam pegadas de pessoas que passaram.
Sempre passam e nunca olham para o céu.
Eu.
Wednesday, March 18, 2009
Sunday, March 08, 2009
Anarco
«Quem é - o autor de toda essa interminável procissão de torturas que tem sido a história da raça humana - quem é responsável por estes banhos de sangue, sempre com a mesma crueldade, sem descanso nem misericórdia?
Governos, religiões, indústrias, campos de trabalho forçado, todos eles estão encharcados de sangue.»
(Octave Mirbeau, Ravachol)
Governos, religiões, indústrias, campos de trabalho forçado, todos eles estão encharcados de sangue.»
(Octave Mirbeau, Ravachol)
Monday, March 02, 2009
Olhares
Ela ouviria pouco de mim...
Sou mais e mais sonho, imutável é a essência que me faz/fez assim.
Palavras concretizam-se através dos olhos.
Eu.
Sou mais e mais sonho, imutável é a essência que me faz/fez assim.
Palavras concretizam-se através dos olhos.
Eu.
Wednesday, February 25, 2009
Im (pulso)
De impulso derradeiro capta olhares das nuvens.
Após tantas tormentas a manhã perfeita nos arrasta por dentre o sonho realizado.
Eu.
Após tantas tormentas a manhã perfeita nos arrasta por dentre o sonho realizado.
Eu.
Sunday, January 18, 2009
Wednesday, January 07, 2009
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