São em esquinas que te sondo
Quando o vento traça caminho em faces reclusas
São em esquinas que te vejo
Quando o sol encosta-se e às janelas se pendem
É nessa hora que te clamo
Quando se bordam nomes em frestas de porta
São em esquinas que te filtro
Quando se calam lábios em ruas vazias
Em esquinas onde se desatam nós
Abrocham-se mãos em pedestais de mármore
Retraem-se pernas em vidros de cristal
Afagam-se olhares em cortinas de linho
São em esquinas que te sondo
Quando debruço meu dorso franzino em seu peito inclinado
Deite
O peito
Calmo
Sereno
Sob minhas pernas...
São nessas esquinas de coração azulado que te tenho.
Eu.
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